A biblioteca de Jorge Luis Borges.
O Argentino Jorge Luis Borges tornou-se o emblema do bom leitor, do verdadeiro amante e erudito da literatura. Borges imaginou o paraíso como uma biblioteca e foi bibliotecário durante muitos anos, vivendo essa profissão como a de um «guardião dos tesouros». Em 1985 pediram-lhe que escolhesse cem livros para a publicação de uma «biblioteca pessoal». Faleceu em 1986, antes de poder concluir esse projeto ambicioso.
Apesar do seu desaparecimento físico deixou uma lista de obras que refletia as suas preocupações e gostos literários, bem como os prólogos dos primeiros setenta e quatro títulos da série que estava a preparar. É essa escolha muito pessoal que é apresentada em “Biblioteca Pessoal”.
«Não sei se sou um bom escritor; penso ser um excelente leitor ou, em todo o caso, um sensível e agradecido leitor. Desejo que esta biblioteca seja tão diversa como a não saciada curiosidade que me induziu, e continua a induzir-me, à exploração de tantas linguagens e de tantas literaturas. […] Esta série de livros heterogéneos é, repito, uma biblioteca de preferências», escreveu Borges no prólogo.
A edição é da Quetzal Editores e chegou às livrarias no passado 19 de janeiro, com tradução de Cristina Rodriguez e de Artur Guerra e dá continuidade à série de novas capas retiradas do tríptico As Tentações de Santo Antão, do pintor Hieronymus Bosch, exposto no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.
Texto: Hugo Alexandre Rodrigues/Alcance Magazine Digital
Fotografia: Quetzal Editores