Já está à venda nas livrarias mais um livro com a chancela da Quetzal Editores. Trata-se do romance “Chamem-me Cassandra”, da autoria do escritor cubano Marcial Gala, tendo sido galardoado em 2020 com o Premio Ñ, o prémio do Instituto Cervantes que distingue as personalidades com um trabalho de excelência na difusão internacional da língua espanhola.

Marcial Gala é um dos mais brilhantes narradores das Américas. Nasceu em Havana, em 1965. É romancista, poeta e arquiteto. O seu primeiro romance, A Catedral Negra, recebeu aclamação da crítica e o prémio Alejo Carpentier, em 2012, e o prémio da crítica para o melhor livro publicado em Cuba em 2012. O autor vive entre Buenos Aires e Cienfuegos, na Argentina. A tradução de “Chamem-me Cassandra” é da autoria de Margarida Amado Acosta.

Sinopse

Rauli é um menino de dez anos que adivinha o futuro e se sente como uma mulher que nasceu no corpo de um homem. Uma história de iniciação sobre a Cuba dos anos 70, durante a guerra em Angola.

Como Cassandra (filha dos reis de Troia, irmã de Heitor e Páris, sacerdotisa de Apolo), Rauli tem o dom da profecia e a maldição de ninguém acreditar nele. É um rapazinho de compleição clara e delicada, quase feminina, dado à contemplação e ávido leitor dos clássicos. Nasceu no corpo errado e prevê o futuro: desde cedo sabe que irá combater em Angola e que morrerá trespassado por balas e pela homofobia.

Entre a infância e a adolescência, o romance trata da busca pela identidade num contexto hostil, além de testemunhar o colapso do sonho do «homem novo» e da utopia internacionalista. Lírico e histórico ao mesmo tempo, Chamem-me Cassandra reconstrói o quotidiano da Cuba dos anos 70, com um olhar amoroso pelas suas personagens e uma grande capacidade de ligar o mito clássico e as figuras da guerra de Tróia ao enredo da guerra de Angola. Um romance de iniciação e identidade que cativa desde as primeiras páginas.

Texto (adaptado): Hugo Alexandre Rodrigues/Alcance Magazine Digital
Fotografia: Quetzal Editores

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